Na realidade, ela mais rica que o mais rico dos ricos. Tem um pequeno quintal no fundo de casa, onde planta de tudo, apesar dos seus quase setenta anos.
Tem mandioca, batatas, ervilhas, cheiro verde, milho e outras verduras, como alface, e repolho. Até vende uns pés de alface e repolho algumas vezes, para um ou outro vizinho. Algumas vezes também doa do pouco que tem. Ela tem também algumas galinhas, que sempre lhe fornecem ovos frescos.
Sua neta vai a escola, mas divide a casa com a avó e a mãe que mora ao lado.
Como ela diz, crianças gostam mais de assistir um pouco de televisão, assim a neta lhe faz um pouco de companhia e depois vai para casa.
Dona Helena me fez pensar, para ela, nunca haverá crise alguma. Fico imaginando o que será das pessoas, aquelas, que não vivem sem um banho diário, sem luz, sem telefone, sem internet, sem supermercados, sem carros, sem gasolina, sem água encanada e de preferência água quente saindo das torneiras. Sem Televisão, sem nem sequer saber plantar e colher.
Engraçado, em toda esta humildade, ela me ensinou muito mais do que todos os grandes "intelectuais" que conheci e conheço.
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Escrevi algumas vezes sobre a crise que se aproxima, oh, ela está batendo na porta de todos e apenas poucos percebem a realidade.
D.Helena não conhece esta palavra, crise, mas muitos jamais irão conseguir sobreviver da maneira humilde e simples de Dona Helena, talvez nem eu consiga, mas de algo, mais uma vez a Bíblia e Jesus estava certo:
"Bem aventurados os humildes, porque serão eles que herderão a terra!"
P/S Este pequeno relato é real, D.Helena existe e graças a Deus, está bem de saúde, continua plantando, colhendo e indo dormir e acordando com os pássaros.
Uma coisa interessante que me falou um dia, preciso compartilhar com todos os que lêem este blog.
Perguntei se ela era feliz.
Sua resposta me deixou perplexo.
Ela disse: Não meu filho, ninguém mais pode dizer que é feliz nesta terra.
Não diante de tanta maldade que vemos todos os dias. Não diante de podermos fazer tão pouco pelos que tem fome e passam por necessidades, não, não se pode ser feliz.
Podemos ter paz em nossos corações, pelos nossos atos, trabalho e pensamentos, mas feliz, só pode ser quem é completamente indiferente com a tristeza que lhe cerca.
Foram estas as suas palavras.
(Siegmar)
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