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Este é um daqueles livros dos quais jamais esqueceremos e do qual
lembraremos quando os fatos por ele anunciados começarem a acontecer - e isso não vai demorar.
O inovador e polêmico cientista alemão Harald Welzer nos informa aqui que neste século a humanidade vai matar e morrer não só por causa da economia, da religião e dos conflitos raciais, mas também por causa do clima, ou das consequencias das mudanças climáticas na situação dos países e povos.
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As mudanças climáticas - furacões, aquecimentos e resfriamentos, chuvas em excesso ou insuficientes - ainda não se transformaram em um fenomeno global, mas já são um fenomeno previsível.
As sociedades humanas e suas instituições se encontram diante de desafios totalmente novos.
A recordação dos genocidios do século 20 nos demonstra como é fácil os seres humanos responderem às questões sociais com soluções tão radicais quanto mortíferas.
Por que mataremos e seremos mortos, então, neste século em que a humanidade assiste ao maior desenvolvimento tecnológico e científico já visto, mas também às consequencias dramáticas de seus próprios atos?
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Os espaços vitais disponíveis encolherão e provocarão conflitos armados permanentes.
As guerras civis, os poderosos fluxos de refugiados e as injustiças atuais se aprofundarão não somente entre o norte e o sul, mas também entre as gerações, fornecendo combustível para incontornáveis explosões sociais.
Neste século 21 que as gerações futuras - se sobreviverem - recordarão com espanto como um dos mais dramáticos da história humana, poderão restar, acima do progreso científico e tecnológico extremo, estes imprevistos conflitos sobre os recursos naturais, as guerras contra as populações, ondas de refugiados climáticos e fugitivos do terrorrismo vagando às cegas pelo planeta.
Este cenário apocaliptico, sem duvida, colocará as sociedades humanas diante de perguntas totalmente novas nas áreas de segurança, responsabilidade e justiça.
Harald Walzer, frio e rigoroso visionário, nos alerta com sua análise surpreendente
sobre a amplitude da tarefa à nossa frente e quão pouco vem sendo feito para levá-la adiante.
So não vê quem não quer que o clima está mudando. Quando eu era menina inverno era inverno, primavera er primavera e assim por diante. Hoje não sabemos mais em que estação estamos, mas ninguém quer enxergar.
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