Num certo e conhecido país
vivia um povo muito feliz
Pouco tinham nas panelas,
mas todos adoravam assistir novelas
Todas as noites mal podiam esperar
O próximo capitulo começar
De dia os que iam trabalhar,
Passavam o dia o capitulo anterior a comentar.
As mulheres em casa comentavam com as vizinhas
E telefonavam até para as comadres e madrinhas
Assistiam novela após novela sempre sonhando
E o tempo ia passando.
Nem mais se davam conta que era sempre tudo igual
A história sempre a mesma, só mudava o visual,
E até o final sempre era igual e banal.
Até os artistas eram os mesmos, mas quem na anterior era malvado
Na nova agora, da mocinha virou namorado.
Sempre tinha a mocinha, o mocinho, a malvada e o vilão.
Mas divertia mesmo, ter sempre aquele alegre brincalhão espertalhão.
Começava sempre com o mocinho e a mocinha
Um era pobre e a outra sempre riquinha.
Ou o contrário, dependia do horário.
Então vinha a malvada e a todos separava
E o vilão, os golpes preparava.
Matava, roubava e a todos sacaneava.
Mocinho se separava da mocinha e a coisa esquentava
Tanto mocinho como mocinha, com todos os outros trepava.
O brincalhão fazia piada e o vilão matava e roubava
E o povo aplaudia e nem se tocava.
Ah, tinha sempre até a bichinha,
sempre tão engraçadinha.
No final, a justiça finalmente
Alguém fica doente,
Vilão é preso ou morre assassinado
E todos querem saber por quem foi matado.
A malvada sempre fica maluca ou vira boazinha
E todos acabam amando a tiazinha. coitadinha.
Sim, no final a felicidade finalmente
Mocinho volta a trepar com mocinha para sempre.
Sempre tudo exatamente igual, previsível e vazio,
Mas para este povo otário, nem assim a ficha caiu.
E enquanto assistiam suas novelas nem percebiam
Que num conto de vigário todos caiam.
O esperto governo sabendo disso e ainda mais
Roubava a todos pela frente e por trás.
FIM
MORAL DA HISTÓRIA?
É ATÉ HILÁRIO SEU OTÁRIO.
ENQUANTO VOCÊ ASSISTE A NOVELA
O GOVERNO ESVAZIA AINDA MAIS A TUA PANELA.
E ENQUANTO VOCÊ DISCUTE ELA NOITE E DIA
O GOVERNO MAIS E MAIS TEU DINHEIRO DESVIA.
ENTENDERAM AGORA SEUS OTÁRIOS?
(Siegmar)
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