07/05/2009 + GILMAR E CARLOS MURILO + ESQUECIMENTO E JUSTIÇA

Duas opiniões publicadas esta semana
no Jornal O Estado do Paraná.
(clique nos textos para ampliar)

Carlos Murilo e Gilmar Yared não morreram em vão.
Morreram para nos alertar que estamos sós,
que para a ''justiça'', nossas vidas
não vale mais nada.




Justiça cega,surda e corrupta

Por um lado temos duas vítimas: Gilmar Yared e Carlos Murilo.
Do outro lado temos Carli Filho e a justiça.
Durante anos temos testemunhado a forma da nossa ''justiça''
atuar.
Quando os envolvidos são de classes socias diferentes, ou seja,
rico e pobre, sabemos quem sempre irá vencer. Para
a justiça, o dinheiro sempre falou mais alto.
Mas a justiça tem outras faces também. Quando a disputa é entre
o rico e o político, vence o segundo, pois mais uma vez, o dinheiro
falará mais alto.
Carli Filho alegar que não se lembra de nada realmente pode ser visto
como verdade, afinal, também nosso próprio presidente vive dizendo
''que não sabe de nada'' - isso é mais do que comum entre os políticos.
Gilmar e Murilo? Estes ficarão apenas na lembrança dos familiares e amigos,
vozes que nunca irão se calar, sempre clamando por justiça,mas, infelizmente,
uma justiça não apenas cega, mas igualmente surda, lenta e corrupta.

Siegmar Metzner - Curitiba
texto publicado no jornal
O Estado do Paraná edição
13/08/2010

Não existe mais justiça no Brasil.
Há muito tempo ela ja se deixou corromper.
O caso Carli Filho é a maior prova desta
afirmação.
Para quem talvez não mais se lembre do
caso,aqui vai um pequeno resumo:

Na madrugada de 07/05/2009, Carli Filho,
Deputado Estadual na época, dirigindo
completamente embriagado e em altíssima
velocidade, causa um acidente matando dois
jovens em seu caminho para casa.

Este crime sempre deverá ser lembrado,
não apenas pelos amigos e familiares
de Carlos Murilo e Gilmar Yared,mas,
igualmente,sempre deverá ser lembrado por
todos aqueles que ainda guardam em si o
mínimo de dignidade,moral e respeito pela
vida.

Carlos e Gilmar não morreram em vão.
Morreram para nos alertar que estamos sós,
que para a nossa ''justiça'', nossas vidas
não vale mais nada.
(Siegmar)