Para muitos, não passam de cães de rua, ou cães abandonados. mas eles são bem mais do que isso.
Já contei neste blog que eles são os verdadeiros donos da nossa praça. Sim, eles são os donos da praça.
Dormem sob o ponto de taxi, onde os amigos lhe providenciam água, comida e sempre um cobertor, quando o frio aumenta. Estão lá há anos, apareceram simplesmente, foram abandonados e adotaram a praça como seu novo lar. Durante o dia, é comum vê-los perambular pela cidade, mas nunca muito distante do seu quintal.
Eu estava realmente curioso para saber onde iriam. Despreocupados seguiam entre as pessoas na maior tranquilidade. Como se não só a praça, mas o mundo inteiro lhes pertencesse.
E pertence mesmo!
Interessante que Polaca mostra bem seu lado "feminino", parece parar a cada vitrine.
Anda devagar, algumas vezes olha para os transeuntes que estão comendo algo. Sabem como é, pode cair um pedaço, ou quem sabe alguém de bom coração joga uma migalha de alguma coisa. Não que ela esteja com fome, os dois vivem bem alimentados.
Hoje subiram pela rua ao lado da catedral. Pensei que iriam ficar por lá, mas me enganei, eles tinham uma visita marcada, assim fiquei sabendo pouco depois.
Ao chegar na galeria Julio Moreira, Marron bem que queria passar por baixo, mas, acabou seguindo Polaca, que teimosa resolveu atravessar a rua mesmo. Levou bronca de uma guarda de transito, merecido, pois é uma rua muito perigosa.
Após tomarem sua água, os dois foram se deitar sob a marquise, exatamente ao lado da velha livraria de Bóris.
Lugar conhecido e comum para encontar os dois, como fiquei sabendo depois.
A verdade é que jamais poderão ser separados, creio que um não iria sobreviver muito tempo com a ausencia do outro. Amigos e companheiros até o fim, dividindo seus medos, suas alegrias, seus passeios e ansiedades.
É, Polaca e Marron são mais companheiros do que muita gente que conheço, mais amigos do que muitos gostariam de ser.
(Siegmar)
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