D.M.N UMA FRÁGIL BOLHA DE SABÃO

Quando olho para o nosso mundo atual, sinto cada vez mais que algo foi esquecido.
Vejo a indiferença, vejo a arrogância, vejo o egoismo e a prepotência.
Vejo a corrupção que comprou a justiça e com ela a impunidade.

Vejo animais sendo maltratados e abandonados.
Vejo paisagens sendo destruidas, crianças, recém nascidas serem jogadas no lixo,
vivas ou mortas, não importa.
Vejo crianças e jovens se drogando e morrendo, sendo assassinados, centenas, todos os dias,
em todos os lugares. Vejo também milhares marcharem orgulhosos por estas mesmas
drogas, querendo a sua total liberdade.
Vejo milhões marchando pela lacividade e imoralidade e milhões de vozes se calam
diante das injustiças.

Vejo familias, sentadas diante de seus aparelhos de TV, sujando suas mentes e olhos
com imundices consumidas em cada vez mais novelas imorais.
Vejo a violencia ser preterida, ao invéz do amor e da paz.
Vejo jovens sem razão, confusos, sairem matando inocentes, sem motivos, sem culpa,
sem pensar.
Vejo crianças sendo violentadas e abandonadas, muitas vezes violentadas por homens que
ousam dizer que representam a Deus e que a si mesmo beatificam.
Vejo a fome de milhares, enquanto a realeza se banqueteia em cerimonias de casamentos
futeis e podres.
Vejo crianças e velhos morrendo de fome e em filas de hospitais.
E pior, vejo até crianças se matando e crianças também matando.

Vejo a idolatria, vejo milhares seguindo e preferindo clarividentes, espiritas, cartomantes, macumbas, candomblés e adivinhos.

Vejo o triste fim que se aproxima e sei então, que não vivemos num mundo esquecido por Deus, mas certamente, vivemos num mundo onde Deus foi esquecido.

Transformamos nosso mundo, numa frágil bolha de sabão, que em alguns lugares
ainda reflete, ligeiramente, a rocha sólida e a beleza que ele possuia. Mas agora, apenas uma frágil bolha de sabão que há qualquer momento irá se desfazer.

"Dedico estas palavras ao pequeno D.M.N menino que ontem se matou, e também a seus pais. Eu sei, que foi exatamente
isto que ele também via e sentia, mas sua pequena mente de criança em formação, ainda não conseguia compreender. Se alguém precisa se sentir culpado, que seja então todos nós, os que um dia eramos uma familia, pais, filhos, amigos, vizinhos e irmãos. Hoje, apenas estranhos, dentro de uma mesma casa, dentro da mesma bolha de sabão."

(Siegmar)