Quem não viajou com o capitão Kirk e Spock, na nave estelar Enterprise? Eu e meu pai viajamos, fomos até onde nenhum homem jamais esteve. Aguardávamos ansiosos cada novo episódio semanal. 
Durante as tardes, nos divirtíamos com Jeanni e suas confusões. Como era gostoso rir em voz alta, ainda posso escutar meu pai gargalhar.
Eu particularmente, adorava assistir Viagem ao Fundo do Mar.Já conhecia o livro de Julio Verne, e esta série me fazia imaginar e ir muito além de Verne e suas vinte mil léguas submarinas.
Terra de Gigantes, como eu sofria quando um dos pequenos era capturado, ficava imaginando como seria estar na situação deles. Minha imaginação andava a mil.
E o Tunel do Tempo, que viagens. Depois de alguns episódios, eu procurava livros para conferir a história. Admito que encontrei muita coisa errada na história dos dois viajantes do tempo, mas eu mal conseguia esperar o sábado seguinte para outra viagem ao passado ou talvez ao futuro ainda incerto.
Os Guerrilheiros, que série legal. Um grupo de criminosos, que para ganhar sua liberdade, foram treinados para missões especiais durante a segunda guerra mundial. Eu adorava o cara que jogava facas. Ficava doente quando perdia um episódio.Esta série em particular, me apresentou o que foi o nazismo e o horror da segunda guerra. A maldade que a loucura de um só homem é capaz de fazer, quando toda uma população se deixa cegar pelas mentiras. Seis milhões de pessoas inocentes precisaram morrer para mostrar isso ao mundo.
Ah, o velho doutor Smith aprontava. Mas era amado por todos. Perigo, perigo, quantas vezes o robo disse essas palavras? Outra série que eu e meu pai curtíamos junto sempre que podíamos. Naquele tempo, a gente podia assistir telivisão com os pais, sem precisar se envergonhar de alguma cena.
Meus primeiros heróis da televisão. Batmam e Robim, santa bat-caverna, poh, paw, pong, cada soco derrubava um.Pinguím, Charada, Mulher Gato, simplesmente inesquecível.O de hoje? Não passa de um monte de efeitos especiais colados um em cima do outro.
E esse batmóvel? Isso é que era carro, consigo ainda hoje o imaginar entrando e saindo da bat-caverna.
Samantha, que feiticeira encantadora. Endora, sua mãe, era a sogra realmente bruxa. Meu Deus, quantos momentos de magia a gente vivia naquele tempo. 
E a pequena noviça voadora então, sempre aprontando e esperando o vento certo.A televisão daqueles tempos era saudável, decente e nos permitia imaginar muito além da imaginação.
Mas são tempos que não voltam mais. Alguns ainda podem rever estas séries pelas TVs a cabo.Felizes os pais que podem estar junto de seus filhos e curtir estes momentos mágicos e inesquecíveis.
Hoje a imaginação não existe mais na televisão, existe apenas o impor idéias, uma lavagem celebral imposta com indecências como mostram as novelas e os Big Bostas Brasil cada vez mais imundos. Filmes com violência cada vez mais explícita, desenhos animados sem sentido, muitos dos quais ensinando o desrespeito e também a violência como fato normal e consumado. Programas de auditório dominicais imbecís e muitas vezes igualmente imorais. Enfim, lavagem celebral com imundices.
Os momentos mágicos se foram, mas para alguns, deixaram lembranças e saudades. Nos educaram, fizeram despertar em muitos o gosto pela leitura e novas descobertas, permitindo que alguns de nós pudessemos ir, onde nenhum homem jamais esteve antes.
(Siegmar)
Assim como você eu também sonhei muito com todas estas séries. Fazem muita falta hoje. Tenho nena de minhas netas quando vejo o que elas assistem. São desenhos sem sentido nenhum.
ResponderExcluirQue pena. E isso não é ser saudosista, não. É que não temos opções mais na televisão. Só tem porcaria.