Propositalmente deixei a data passar em branco. Ontem, dia 21 de setembro, comemoramos o dia da Árvore.
Como se houvesse algo para comemorar, como se elas ainda fossem respeitadas e amadas.
Poucos ainda lhe dão importância, poucos ainda procuram sua sombra, seu frescor e seus frutos.
Somente quando a última delas vier ao chão, realmente ela será lembrada.
Dia da Árvore, a árvore queimada, afogada e pisoteada. A árvore derrubada e cortada muitas vezes pela simples razão de suas folhas ao caírem sujarem o quintal ou a calçada.
Dia da Árvore? Qual árvore?
Elas ainda existem? Mãe, pai, o que é mesmo uma árvore? Como ela se parece?
Exagero? Não, futuro próximo e verdadeiro, mas quem se importa?
Lembraremos que pássaros se abrigavam em teus galhos e nele construiam seus ninhos.
Lembraremos e lágrimas cairão na mesma proporção das árvores que a cada dia mais desaparecem.
Chegará o dia em que nossas lágrimas serão tantas que talvez elas façam brotar novamente alguma semente perdida ou quem sabe alguma lembrança escondida e esquecida.
(Siegmar)
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