Algumas pessoas deixam mais do que saudade. Deixam lembranças de pequenos momentos que para sempre ficam registrados em nossa memória.
Lincon, meu antigo vizinho, amigo e irmão, foi sem dúvida uma destas pessoas.
Nunca lhe agradeci pela amizade e confiança, pelos almoços e bate papos.
Hoje fico pensando como foi rápido a sua passagem pela minha vida, nossas vidas, a vida dos seus filhos André e Isa e de sua esposa Miriam.
Boas lembranças ficaram. Sua voz ainda ecoa em nossos pensamentos, seus sorrisos, seus roncos e também as suas lágrimas.
Lincon foi um bom pai, sei disso e André e Isa também o sabem.
Não sei ao certo se estou escrevendo certo o nome do velho amigo, mas sei que escrevo certo sobre a sua pessoa.
Lembro dos tempos bons, lembro dos espetinhos que ele fazia e todas as noites pareciam ter mais sentido, quando eu podia saborear uns cinco ou seis espetinhos.
Lembro de um agradável passeio para Morretes, lembro da Kombi descendo a Graciosa em minha frente, lembro das piadas e das reclamações do velho amigo.
Mas em especial, me lembro do pequeno pássaro de Lincon.
E foi ao encontrar a imagem ao lado, que lágrimas de saudade rolaram dos meus olhos.
No meu último encontro com Lincon, depois de um grande e saboroso almoço, nos sentamos em frente a casa e jogamos conversa fora.
Em determinado momento Lincon falou sobre seu pequeno pássaro que estava na gaiola sobre nós. Lincon amava a pequena criatura e estava em dúvida se seria correto manter a pequena criatura cativa eternamente na pequena gaiola.
Falei a ele que não, que talvez ele devesse realmente a soltar.
Lincon estava receoso que talvez ela não sobrevivesse mais fora da gaiola, que talvez não saberia mais procurar alimento por conta própria e coisas assim.
Lembro que falei para Lincon que talvez fosse assim, mas que a liberdade do pequeno ser era mais importante do que apenas sobreviver.
Se ele a soltasse, e ela pudesse voar cinco minutos e depois morrer, a vida teria valido a pena.
E logo em seguida Lincon resolveu abrir a gaiola e libertar a pequena amiga.
Ficamos sentados observando, mesmo com a gaiola aberta a pequena ave não saiu. Apenas no dia seguinte eu soube que ela havia escolhido a liberdade de voar e ser realmente livre.
Sei e lembro que Lincon chorou, mas seu gesto ficou, sua atitude ficou e o momento para sempre ficará guardado em minhas lembranças.
Lincon nunca será esquecido. Alguns meses depois desta pequena história, Lincon também repentinamente partiu.
O bom e grandioso Deus deve ter aberto a pequena gaiola de Lincon e dito para ele sair e voar ao Seu encontro.
Em algum lugar Lincon está agora junto com o seu pequeno pássaro e seu velho cachorrinho a quem ele chamava de Filhinho.
Sim, estou certo que Lincon esta neste lugar e lá, espera sem sentir mais o que nós chamamos de tempo, espera o reencontro com André, Isa e Miriam, e também espera pelo reencontro com os velhos amigos.
As lágrimas de lembrança sempre irão rolar, mas são boas lágrimas, mesmo quando trazem a saudade de tempos vividos e que não mais voltarão, não nesta existência, mas com a absoluta certeza voltarão na dimensão da existência de Deus.
Sempre vou imaginar você voando, sorrindo e roncando alto, e sempre serei grato ao bom Deus por ter colocado pessoas como Lincon e sua família em meu caminho.
Que Deus te guarde meu velho amigo, um dia nós os que te amamos e ficamos, também iremos sair da nossa gaiola e voaremos e nos reencontraremos.
Siegmar
**RELATOS DE ABANDONO DE ANIMAIS** **POLITICA E CORRUPÇÃO** **MEDIOCRIDADE E HIPOCRISIA HUMANA** **FOTOS, VIDEO E MÚSICA**
''DO NOT ABANDON YOUR BEST FRIEND''
O CÃO É O ÚNICO QUE NÃO SE IMPORTA SE VOCÊ É RICO OU POBRE, BONITO OU FEIO. O CÃO É O ÚNICO QUE REALMENTE SENTE A TUA AUSÊNCIA E SE ALEGRA DE VERDADE COM O TEU RETORNO, PORTANTO, JAMAIS ABANDONE SEU MELHOR AMIGO.
UM RAIO DE LUZ
''UMA ANTIGA LENDA DIZ QUE QUANDO UM SER HUMANO ACOLHE E PROTEGE UM CÃO ATÉ O DIA DE SUA MORTE, UM RAIO DE LUZ, QUE NÃO PODEMOS ENXERGAR DESTE PLANO DA EXISTÊNCIA, ILUMINA O CAMINHO DESTE SER PARA SEMPRE!''
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