''DO NOT ABANDON YOUR BEST FRIEND''

O CÃO É O ÚNICO QUE NÃO SE IMPORTA SE VOCÊ É RICO OU POBRE, BONITO OU FEIO. O CÃO É O ÚNICO QUE REALMENTE SENTE A TUA AUSÊNCIA E SE ALEGRA DE VERDADE COM O TEU RETORNO, PORTANTO, JAMAIS ABANDONE SEU MELHOR AMIGO.



UM RAIO DE LUZ

''UMA ANTIGA LENDA DIZ QUE QUANDO UM SER HUMANO ACOLHE E PROTEGE UM CÃO ATÉ O DIA DE SUA MORTE, UM RAIO DE LUZ, QUE NÃO PODEMOS ENXERGAR DESTE PLANO DA EXISTÊNCIA, ILUMINA O CAMINHO DESTE SER PARA SEMPRE!''





sábado, 8 de outubro de 2011

POSIÇÃO DAS COISAS / UMA EXPOSIÇÃO DE PAULO ROBERTO PUGIALLI

Pugialli sempre me provoca refletir a respeito de inúmeros assuntos, e, mais ainda, não me encerra em referências teóricas cerca de arte.

Não obstante ter experimentado o compor sonoro, tem, por finalidade, ao expressar-se plasticamente, o empreender no tornar visível a frustrada ineficácia das proposições humanas por paz; além de revelar efusão crítica necessária.
Seu fazer observa estreita relação com linha de carta redigida no primeiro século... diz o escritor da carta:
“Que é a sua vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”

A partir de observações extraídas do óbvio social diário, a mostra reúne em sua montagem o descrever do entorno de nosso suposto “varar fronteiras”. Não há qualquer tipo de intervenção com tentativa de conciliar opostos. Nela não se pratica buscar “agradar” o espectador, nem a ele, ela (a obra), se pretende moldar; causa, sim, por vezes, irritação, pois, opõe-se a padrões pseudo-organizados.
Posição das Coisas apresenta metáfora do momento o qual temos sido consumidos por “erros” da percepção- quase alienada - do homem deste século, não denota conclusões, tão pouco tende julgar fatos; exibe algo a respeito da visagem do instinto humano contemporâneo, do que de concreto acontece ao redor da apatia proveniente de nosso estado pessoal.

Pierre D’Eau
Outono de 2011

A arte de Paulo Roberto Pugialli é subjetiva.
Paulo Roberto é subjetivo. Paulo Roberto não é um artista, como ele mesmo prefere dizer; Pugialli “está” artista.
O caos e realidade estão presentes. Basta refletir e perceber. Não é tarefa fácil se encontrar em meio a este caos. É necessário se estar inclinado a divagar, disposto a devanear simplesmente.

Olhar não basta, imaginar não é o suficiente, sentir ajuda bastante. Raiva, confusão, mil interpretações, ou simplesmente ver, enchergar e pensar?
Em grande parte, o ”estar” artista de Paulo Roberto, é formada, montada e mostrada como uma parábola, que é clara, mas poucos percebem. Assusta, confunde, exige interpretação, que mais uma vez, poucos conseguem compreender. Creio que foi este o objetivo de certo homem, que certa vez, há muitos anos atras caminhou entre nós e nos deixou grandes verdades em pequenas mensagens - parábolas.

Paulo é um nômade, um andarilho talvez eterno, enquanto passageiro.
O “estar” artista de Pugialli faz a gente nutar. Mesmo conhecendo o homem que “está” artista, nutamos e ficamos desorientados algumas vezes. Conhecer o “estar” artista, não é conhecer a sua arte. Dizer que entendemos sua arte, é perceber o não passageiro e pisgar-se da verdade mostrada nesta montagem.
Diante do que não entendemos, nos queixamos e reclamamos, por não querer enchergar.
De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.
Os velhos já não estão mais às portas, os jovens já deixaram a sua música. O conhecimento para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua ignorância. O caminho do homem é todo errado e estranho, porém a obra do homem puro é reta.
Se me pedissem para explicar um pouco mais sobre a arte de Paulo Roberto, o “estar” artista, eu simplesmente diria:
“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.”
(Siegmar)
As imagens desta postagem são da instalação de Pugialli no Teatro Municipal Cidade de São Carlos SP,
aberta ao público até 06/11/2011

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