''DO NOT ABANDON YOUR BEST FRIEND''

O CÃO É O ÚNICO QUE NÃO SE IMPORTA SE VOCÊ É RICO OU POBRE, BONITO OU FEIO. O CÃO É O ÚNICO QUE REALMENTE SENTE A TUA AUSÊNCIA E SE ALEGRA DE VERDADE COM O TEU RETORNO, PORTANTO, JAMAIS ABANDONE SEU MELHOR AMIGO.



UM RAIO DE LUZ

''UMA ANTIGA LENDA DIZ QUE QUANDO UM SER HUMANO ACOLHE E PROTEGE UM CÃO ATÉ O DIA DE SUA MORTE, UM RAIO DE LUZ, QUE NÃO PODEMOS ENXERGAR DESTE PLANO DA EXISTÊNCIA, ILUMINA O CAMINHO DESTE SER PARA SEMPRE!''





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

BEM AVENTURADOS OS HUMILDES, PORQUE HERDERÃO A TERRA

Dona Helena. Este é o nome da pessoa mais humilde que conheci recentemente. Ela mora em uma pequena casa em Pinhais. Não têm renda alguma, vive de ajuda da filha, de amigos e vizinhos. Pouca ajuda na realidade. Mas alguém sempre lhe traz um kilo de açucar, algumas vezes um pouco de arroz e coisinhas assim. Não que ela precise.
Na realidade, ela mais rica que o mais rico dos ricos. Tem um pequeno quintal no fundo de casa, onde planta de tudo, apesar dos seus quase setenta anos.
Tem mandioca, batatas, ervilhas, cheiro verde, milho e outras verduras, como alface, e repolho. Até vende uns pés de alface e repolho algumas vezes, para um ou outro vizinho. Algumas vezes também doa do pouco que tem. Ela tem também algumas galinhas, que sempre lhe fornecem ovos frescos.

D. Helena não tem televisão, nem rádio, mas sabe ler e escrever. Lê a Bíblia sempre que pode, algumas vezes um jornal´ou revista quando alguém lhe traz alguma. Na verdade ela tem uma vitrola, daquelas bem antigas, que funcionam com corda, uma raridade, junto com alguns discos antigos, ela diz ter ganhou a vitrola de uma tia já falecida e que guarda por ser de estimação, mas aqui e alí, até dá uma cordinha e escuta um pouco de música. Durante o dia, passa a maior parte em frente ao velho fogão a lenha. Lenha não falta na redondeza. Fogão a gás ela não tem, nem quer, diz que não sabe trocar, nunca aprendeu, e depois, fogão a lenha deixa a comida mais gostosa e aquece no inverno.
Sua neta vai a escola, mas divide a casa com a avó e a mãe que mora ao lado.
Como ela diz, crianças gostam mais de assistir um pouco de televisão, assim a neta lhe faz um pouco de companhia e depois vai para casa.

Ela conta, que sempre vai dormir com os pássaros e acorda com eles. Apesar de ter luz elétrica na pequena casa, D.Helena usa apenas para banho e economiza sempre. Água encanada também. Mas sempre que pode, usa água do pequeno poço no fundo do quintal.
Dona Helena me fez pensar, para ela, nunca haverá crise alguma. Fico imaginando o que será das pessoas, aquelas, que não vivem sem um banho diário, sem luz, sem telefone, sem internet, sem supermercados, sem carros, sem gasolina, sem água encanada e de preferência água quente saindo das torneiras. Sem Televisão, sem nem sequer saber plantar e colher.
Engraçado, em toda esta humildade, ela me ensinou muito mais do que todos os grandes "intelectuais" que conheci e conheço.

Com ela aprendi a me desligar um pouco das coisas materiais que me cercam. E dia após dia consigo me desapegar mais da estúpida modernidade inútil que me cerca. Divido meus dias com meus cães, e em breve estarei também me desligando deste blog. Televisão, já nem sei mais o que é isso. Estou aprendendo a viver e sobreviver de verdade.
Escrevi algumas vezes sobre a crise que se aproxima, oh, ela está batendo na porta de todos e apenas poucos percebem a realidade.
D.Helena não conhece esta palavra, crise, mas muitos jamais irão conseguir sobreviver da maneira humilde e simples de Dona Helena, talvez nem eu consiga, mas de algo, mais uma vez a Bíblia e Jesus estava certo:
"Bem aventurados os humildes, porque serão eles que herderão a terra!"

P/S Este pequeno relato é real, D.Helena existe e graças a Deus, está bem de saúde, continua plantando, colhendo e indo dormir e acordando com os pássaros.
Uma coisa interessante que me falou um dia, preciso compartilhar com todos os que lêem este blog.
Perguntei se ela era feliz.
Sua resposta me deixou perplexo.
Ela disse: Não meu filho, ninguém mais pode dizer que é feliz nesta terra.
Não diante de tanta maldade que vemos todos os dias. Não diante de podermos fazer tão pouco pelos que tem fome e passam por necessidades, não, não se pode ser feliz.
Podemos ter paz em nossos corações, pelos nossos atos, trabalho e pensamentos, mas feliz, só pode ser quem é completamente indiferente com a tristeza que lhe cerca.
Foram estas as suas palavras.
(Siegmar)

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