''DO NOT ABANDON YOUR BEST FRIEND''

O CÃO É O ÚNICO QUE NÃO SE IMPORTA SE VOCÊ É RICO OU POBRE, BONITO OU FEIO. O CÃO É O ÚNICO QUE REALMENTE SENTE A TUA AUSÊNCIA E SE ALEGRA DE VERDADE COM O TEU RETORNO, PORTANTO, JAMAIS ABANDONE SEU MELHOR AMIGO.



UM RAIO DE LUZ

''UMA ANTIGA LENDA DIZ QUE QUANDO UM SER HUMANO ACOLHE E PROTEGE UM CÃO ATÉ O DIA DE SUA MORTE, UM RAIO DE LUZ, QUE NÃO PODEMOS ENXERGAR DESTE PLANO DA EXISTÊNCIA, ILUMINA O CAMINHO DESTE SER PARA SEMPRE!''





segunda-feira, 8 de agosto de 2011

VILA OFICINAS / IMAGENS QUE FAZEM PARTE DA MINHA VIDA

Vila Oficinas é uma subdivisão do bairro do Cajuru, distrito homônimo, no município de Curitiba. Predominantemente classe média baixa e pobre nasceu como uma vila proletária dos trabalhadores da RFFSA, onde há uma garagem e oficina da ALL, empresa privada que administra a malha ferroviária. Dai a origem do nome "Oficinas".

Sendo uma subdivisão do Cajuru, tal qual Vila Centenário, Camargo ou Trindade, é constantemente confundido como bairro. É servido pelas linhas Centenário - Campo Comprido (expresso biarticulado), Interbairros III e V além de alimentadores. Possui um terminal de integração em sua área.
Está é a definição encontrada na Wikipédia. Pessoalmente acho está descrição sem graça.

Aos meus velhos olhos, é um bairro e tem muita história, vidas e merece ser mostrada aos amigos.

A Vila Oficinas recebeu este nome devido a oficina de trens que ainda existe
neste lugar. Era da antiga rede ferroviária Paraná Santa Catarina, hoje a atual
America Latina Logistica.
Moro pertinho e é frequente escutar o apito da oficina ou o apito dos trens
passando por perto. Faz parte deste bairro e sempre fará, assim espero.
As imagens dão uma boa amostra do pequeno bairro.
Quando viemos morar aqui, era tudo apenas um campo, nada de asfalto, apenas
um onibus de meia em meia hora, quando chovia, bom todos já podem imaginar,
lama por todos os lados.
Mas o assim chamado "progresso" veio logo, primeiro um anti-pó, depois alguns anos
mais tarde alfalto, e anos mais tarde ainda, uma duplicação da rua e novo alfalto.
Todo lugar tem sua história, este lugar não poderia ficar de fora.
E é isso que eu quero contar e mostrar. Dividir mais um pouco do meu dia a dia,
do que vejo, o que me cerca e onde vivo.

Este mês completará 41 anos que moro neste bairro.
41 anos, vendo o tempo passar e o pequeno bairro crescer e mudar.
Resolvi registrar algumas imagens do lugar, ruas, praças e avenidas.
Um bairro simples,como tantos outros iguais, mas, o lugar onde moramos,
sempre é mais especial.
Na realidade este bairro é mesmo muito especial. Perto do centro, de carro,
sem muito transito, em cinco minutos você chega ao centro tranquilo, sem
correr. De onibus, talvez em quinze minutos, talvez até menos em dias de menos movimento. Perto de onde moro existe um belo shopping, e vários supermercados bem a mão.
Mas tem também, aqueles velhos lugares conhecidos, a mercearia Pazin, do sr. Antonio, onde se duvidar, a gente encontra de tudo. Dona Alzira e Antonio também já fazem parte e história deste lugar.
Assim também acontece com a farmácia do Mitsuo, meu vizinho e amigo. Lugares onde, se a coisa apertar no bolso, a gente sempre é bem vindo a comprar fiado e pagar depois, claro que isso só se aplica aos bons pagadores, bem entendido!

Todos fazem parte do lugar, são amigos e vizinhos. E são muitos, tem a Teresa, dona Cenira e
o sr.João, dona Natália o Mário e a Margarethe, dona Irene, dona Dolores,
o Francisco e a Jurema, dona Cecilia e sua filha Sonia,
dona Marina e o marido, sr. Osvaldo, Chiquinho e tantos outros. Todos vivendo o seu dia a dia, com seus problemas e alegrias.
Tem também os que já se foram e deixaram saudades, como o sr. Garcia, marido da
dona Natália, e a dona Renate, esposa do sr. Osvaldo, que se foi cedo demais.
Dona Renate era uma vizinha muito querida e parecia sempre estar de alto astral e bom
humor, ainda posso ouví-la sorrir algumas vezes. Renate era a mãe da Bete, do Marcos e
do Elder, crescemos juntos aqui nestas ruas. Hoje Marcos e Elder vivem na bela Itália, mas aparecem aqui e alí. Infelizmente um cancer ingrato tirou a dona Renate de todos nós cedo demais, mas sem dúvida, muita saudade ela deixou.
Assim como outros amigos, que por aqui passaram e deixaram suas marcas. Como a lembrança do velho sr.Onófre, homem brabo e rabugento, sempre procurando encrenca, achou, se foi, mas deixou saudades.
Esta é a rua onde moro, e algumas casas, onde moram alguns dos amigos sobre os quais acabei de contar.
Rua Luiz França, hoje é domingo, parece calma e tranquila, mas, durante a semana, agita e barulhenta.
Gostaria que ela sempre fosse assim, quieta e tranquila, mas como é uma das ruas principais do lugar, não poderia ser assim.
A paróquia São José, a principal igreja do bairro, nossa pequena catedral, uma das tantas igrejas do lugar, trazendo a fé e esperança.
Um pedaço da rua em frente a paróquia, bem no final podemos ver o terminal de onibus da vila.
O terminal de onibus da vila. Lugar de tantas idas e vindas, acordar cedo, enfrentar filas e alguns empura empura, mas quase sempre tranquilo.
Os biarticulados dão conta do recado, chegam e partem a cada instante.
A cancha de futebol, onde todos os domingos pela manhã, faça chuva ou faça sol, a rapaziada se reune para uma pelada.
O centro social da vila, esportes e lazer para muitos. Meu lugar preferido para levar minha turma para dar uma voltinha.
A praça norte, outro lugar tranquilo onde costumo levar o Felipão para passear.
Igualmente a praça sul, onde encontrei Karol, o Eros, a Gleisie e tantos outros amigos abandonados.
Lugar de passeios e histórias que para sempre ficarão na lembrança.
(Siegmar)

5 comentários:

  1. Que maravilha! Nunca pensei antes em fazer uma postagem destas. Adorei. Faz 40 anos que eu moro aqui. Também gosto muito. Sinto-me bem aqui.

    ResponderExcluir
  2. A vila Oficinas também faz parte da minha infância,adolescência e um pouco da vida adulta,gostei muito do seu relato Sie mar,pelo que vai e li,vc é morador da Cohab,pois mora na Luiz França,eu morei por 28 anos na rua Fortaleza,entre a Rua Cuiabá e Teófilo Otoni,estudei por nove anos no Omar Sabbag,e me lembrei com muita alegria e saudade toda a parte da minha vida em que brincava nas ruas do bairro,em que ia ao Centro Social,quase todas as tardes da semana,em que ouvia o apito da antiga rede as 7,11,meio dia,3 e 5 da tarde,bons tempos aqueles,hoje estou fora da vila e de Curitiba há quase vinte anos,mas nunca me esqueci de onde vim...parabéns pelas fotos.

    ResponderExcluir
  3. Obrigado pelo comentário Pedro. Pois é, moro aqui fazem 44 anos, aos poucos ela vai mudando, mas continua um lugar tranquilo, atualmente temos bem perto de nós um shopping, com salas de cinema e tudo mais, qualquer hora vou postar novas imagens.

    ResponderExcluir
  4. estudei no Natalia Reginatto no final dos anos 70 - joguei bola no America da Rua Natal e era gandula do Vasquinho e Fortaleza na Rua dos Ferroviários/ belo post, esse! sdd - neri.uv@gmail.com

    ResponderExcluir
  5. estudei no Natalia Reginatto no final dos anos 70 - joguei bola no America da Rua Natal e era gandula do Vasquinho e Fortaleza na Rua dos Ferroviários/ belo post, esse! sdd - neri.uv@gmail.com

    ResponderExcluir