Nós somos esta geração. De alguma forma, escolhemos estar aqui, no presente, no aqui e no agora, sabendo que não haverá mais um amanhã ou o que chamam de futuro.
Destruímos tudo em nossa volta e continuamos destruindo.
Ninguém se importa, até aqueles que gritam pelos cantos, ninguém se importa. Ou alguém acha que os que gritam pelos cantos, conseguem ficar sem o seu luxo e mordomia? Conseguem ficar sem suas geladeiras, seus ipods e computadores, televisores, carros e toda a merda de tecnologia que os cega e engana?
Mas quanta hipocrisia!
Chegamos ao fim da linha e somente os que sobreviverem se darão conta disso.
Lá vem o cara falando em fim do mundo e em Deus, dirão alguns. Não, não falo em fim do mundo, muito menos em Deus, pois em alguns momentos, tenho grande dúvida se Ele realmente ainda existe ou se importa.
Não olhamos mais as flores, as estrelas, o mar nem as montanhas, olhamos apenas para vitrines e para a tela de nossos celulares. É, deixamos de olhar, faz muito tempo, para a natureza, a vida que pedia socorro.
Um triste fim nos aguarda e para milhares será lento e doloroso.
Não pensem os que tem dinheiro e são ricos que estarão imunes. Ao contrário, serão os primeiros, pois não sabem mais o que é viver humildemente e sobreviver com pouco, são exatamente eles que por primeiro serão engolidos, saqueados e destruídos.
Escuto os gritos e os lamentos, escuto as blasfêmias e vejo as lágrimas tardias rolarem de suas faces.
Podem me chamar de louco, de profeta de fim dos dias, de um coitado que não sabe de nada. Afinal, tudo é normal, não é mesmo?
Terremotos seguidos de terremotos, em todos os lugares, sempre foi assim, não é verdade? Não, não era assim, mas a terra saqueada e destruída começa a dar seu aviso final.
E este aviso é: ENTERREM SEUS MORTOS E ENGULAM AS SUA LÁGRIMAS.
(Siegmar)
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