''DO NOT ABANDON YOUR BEST FRIEND''

O CÃO É O ÚNICO QUE NÃO SE IMPORTA SE VOCÊ É RICO OU POBRE, BONITO OU FEIO. O CÃO É O ÚNICO QUE REALMENTE SENTE A TUA AUSÊNCIA E SE ALEGRA DE VERDADE COM O TEU RETORNO, PORTANTO, JAMAIS ABANDONE SEU MELHOR AMIGO.



UM RAIO DE LUZ

''UMA ANTIGA LENDA DIZ QUE QUANDO UM SER HUMANO ACOLHE E PROTEGE UM CÃO ATÉ O DIA DE SUA MORTE, UM RAIO DE LUZ, QUE NÃO PODEMOS ENXERGAR DESTE PLANO DA EXISTÊNCIA, ILUMINA O CAMINHO DESTE SER PARA SEMPRE!''





quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SOYLENT GREEN / NO MUNDO DE 2020 / "MAKE ROOM, MAKE ROOM!" TARO ASO ?

Harry Harrison o autor, "Make Room! Make Room!", é o título do livro que deu origem ao filme "Soylent Green", (1973), aqui no Brasil chamado de "No Mundo de 2020". O filme foi dirigido por Richard Fleischer e estrelado por Charlton Heston no papel do policial Robert Thorn e foi o último filme do ator Edward G. Robinson, que faleceu pouco depois das filmagens. Isto foi em 1973.

Um pequeno resumo:
No ano de 2022, a cidade de Nova Iorque conta com 40 milhões de habitantes. Para alimentar as inúmeras pessoas pobres e desempregadas, existem tabletes verdes chamados de Soylent Green, produzidos inicialmente através da industrialização de "algas". Somente os ricos tem acesso a comidas raras, como carne, frutas e legumes.
Quando um rico empresário das indústrias Soylent Corporation é assassinado em seu luxuoso apartamento, o detetive policial Robert Thorn começa a investigar. Ele de imediato suspeita do guarda-costas do empresário, que alega ter saído na hora do crime. Após interrogá-lo, Thorn vai ao apartamento dele e encontra coisas suspeitas, como uma colher com restos do caríssimo morango. Enquanto Thorn persegue o guarda-costas, seu idoso parceiro Sol começa a investigar os registros e papéis do empresário morto. E acaba descobrindo uma verdade estarrecedora.

Mas existe uma parte ainda mais interessante no filme, que obrigatóriamente deveria ser visto por todos. Em 2020, existia uma lei para os idosos, ao completarem certa idade, 70 anos, eles são obrigados a procurar e se apresentar em um centro do governo, onde são eunatasiados.
Eis aí o verdadeiro sentido do título do livro, "Make Room, Make Room!", traduzindo, "Faça Espaço, Faça Espaço!"
No filme, os idosos que se apresentam, recebem uma "morte digna", impressiona a cena onde são eutanasiados. Eles são deitados numa cama, diante de uma enorme tela de cinema, onde, enquanto recebem a injeção letal, assistem a belas imagens, mostrando o quão lindo o mundo foi um dia.
Paisagens, animais, enfim, tudo o que o homem destruiu com seu "progresso" insaciável.
E logo após, também descobrimos que a verdadeira matéria prima dos tablets verdes chamados de Soylent Green, são produzidas com os restos mortais destes idosos e não "algas" como o governo afirma.

A ficção em tudo é cada vez mais real. O que ontem era impossível, hoje ninguém mais se admira, nem pergunta mais, como e de onde e o que contém seus "milagres" tecnológicos, Tudo é simplesmente aceito.
Na década de 60, eu assistia a série Jornada nas Estrelas, o famoso "phaser" o intercomunicador que eles usavam, hoje é ultrapassado em muito pelo nosso conhecido celular. Apenas um dos tantos exemplos. Ficção? Recentemente foi falado que em menos de dez anos, o DNA será usado como...., deixa para lá!

Interessante e chocante, ainda mais quando estando a pouco menos de 7 anos para 2020, deparamos com uma notícia como a que foi publicada ontem. Assustadoramente cruel e real, quase impossível de acreditar que o Ministro Japones,  Taro Aso, realmente tenha falado o que foi denunciado. Impossível acreditar, ainda mais vindo de um povo que sempre admirei e admiro por muitas razões, entre elas, justamente por respeitar seus idosos. E antes de julgar o sr. Taro Aso, quero acreditar que ele apenas tenha sido mal entendido.

"Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer" disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.
Segundo o jornal britânico Guardian, o ministro está a ser alvo de fortes críticas por declarações como: "O problema não tem solução, a não ser que os deixemos apressarem-se e morrer", num país onde quase um quarto dos 128 milhões de habitantes tem mais de 60 anos.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/despachem-se-e-morram-diz-ministro-japones-aos-idosos-doentes=f708061#ixzz2Iu1Bpagx

Não sei o que exatamente este senhor quer dizer com, " a não ser que os deixemos apressarem-se e morrer".
Seria uma sugestão para que se suicídem, ou algo tipo o governo fictício do filme 2020? Ou ainda seria apenas uma sugestão humana, para que os que sofrem com a total dependência, tanto fisica quanto mental, possam ser ajudados a morrer?

Acho que o direito de viver deve ser respeitado. Mas concordo sim, com a morte digna de qualquer pessoa, especialmente idosos totalmente dependentes.  Existem idosos que vivem feliz, saudáveis e conscientes até os 90 ou mais anos. Gostaria de poder ser um destes previligiados.
No entanto, existem hoje em dia idosos com problemas graves como Alzheimer ou esclerose, que lhes tira qualquer qualidade de vida. Pode parecer cruel o que vou dizer, mas seria maravilhoso e digno se eles pudessem ser ajudados a descançar, ao invés de serem obrigados a viver anos em total dependência, muitas vezes entubados e amarrados em camas, sem reconhecer mais seus ente queridos.
Digo isto consciente, pois  isto está acontecendo neste momento em minha vida.
Minha mãe está completando 90 anos de idade. Os úlitmos doze anos quase que completamente dependente e os últimos três anos, totalmente dependente.
Algumas vezes com certa lucidez, outras completamente distante deste mundo. Sei que em breve chegará a hora na qual não aceitará mais ser alimentada, aliás, de certa forma isto já vem ocorrendo. E então? Simplesmente a entubar? Para que viva mais dez anos presa numa cama e definhar mais a cada dia?
Talvez o sr. Taro Aso tenha pretendido dizer exatamente isto, se foi esta sua intensão, concordo plenamente com suas palavras.
Se foi em outro sentido, como no sentido do filme, por exemplo, discordo totalmente.
(Siegmar)

Um comentário:

  1. Esta é uma declaração muito complexa mesmo.Também fico pensando o que seria melhor para pessoas totalmente dependentes e tenho medo de chegar a uma conclusão.

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