Filhas, filhos , filhos...
Num parquinho estava sentado um homem jovem. O que será que fazia
lá, sentado, em vez de se exercitar caminhando ou fazendo ginástica? Ah, descobrimos : estava lá de olho no seu
filhinho, que, mal e mal sabendo caminhar, tentava descobrir o mundo. O pai
observava até onde ia, se havia perigo ou não. Assim vai ser para ele a vida
inteira. Costuma ser para todos nós,
pais e mães: Ver , observar até onde vão os/as nossos/as filhos/as. É fácil
pegar o filho pequeno pela mão e conduzi-lo de volta, quando está em perigo.
Depois fica cada vez mais difícil .
Aproxima-se o Natal. Penso
naquele Filho especial, anunciado como Filho de Deus. Como assim? Nem José
entendeu, nem Maria. Caberiam perguntas: dela , pobre mulher, nascer o Filho do
Altíssimo? Ela teve que carregá-lo na barriga até Belém. Em obediência a um
decreto do imperador romano - lá longe – o casal teve que submeter-se a
exaustiva viagem, assim imaginamos nós, acostumados a viajar de carro e até de
avião. O relato bíblico é tão breve, nada de hospital, nem mesmo hospedaria ,
nenhum lugar apropriado para dar à luz. E logo a fuga para o Egito, perseguido
desde bebê.
Em Nazaré deve ter crescido como os outros meninos. Mas Maria e
José, sempre de olho nele, até onde ia. Quando tinha 12 anos um susto: O menino
havia sumido no caminho. Desespero dos pais. Cuidamos mal dele? Onde
procurá-lo? Acharam-no no templo, na “casa de seu Pai”, como explicou aos pais
preocupadíssimos. Começaram a perceber algo diferente nele?
Naquele casamento de Caná da Galiléia se tornaria mais evidente, quando a mãe
Maria, sempre de olho nele, ocasionou, indiretamente, o primeiro milagre dele : transformou água em
vinho. Depois disto, eu acredito, que a Maria não entendia mais o mundo de seu
filho e o mundo de Deus. O filho tomou o seu próprio rumo que o levou até a
cruel morte na cruz. E Maria estará lá , debaixo da cruz.
Natal, Sexta-feira Santa, Páscoa nos levam à reflexão e à
comparação com nossa vida.
O cuidado daquele pai na
pracinha nos faz refletir de como nós agimos com a nossa família. Enchemos todo
mundo de presentes , fazemos uma bela ceia no Natal. Nada contra esta alegria.
Jesus nasceu para reunir a família. Não nos esqueçamos de ir ao culto e ter uma
reflexão. Onde estão os/as nossos/as filhos/as e netos/as na relação com Deus e
Cristo? Não é Papai Noel a razão de reunir e comemorar, mas o nascimento de
Jesus, Filho de Deus.
Elfriede
Rakko Ehlert, Curitiba
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